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Foto do escritorCastellar Assis

Brasil, França e Reino Unido puxam disparada da inflação entre maiores economias do mundo, mostra OC

Entre os países do G20, Brasil tem a terceira maior inflação em 12 meses, atrás da Argentina e da Turquia.



Reino Unido, Brasil e França tiveram as maiores disparadas de inflação em agosto entre as maiores economias do mundo, segundo levantamento publicado nesta terça-feira (5) pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).


A taxa de inflação acumulada em 12 meses no Brasil e na França subiu 0,7 ponto percentual na passagem de julho para agosto, só ficando atrás do Reino Unido, onde o salto foi de 0,9 ponto percentual.

No Brasil, a inflação em 12 meses passou de 9% em julho para 9,7% em agosto, enquanto que na França subiu de 1,2% para 1,9%. Já no Reino Unido, a taxa avançou de 2,1% para 3%.


Na conjunto de países da OCDE, que inclui todas economias desenvolvidas e alguns emergentes, a inflação anual atingiu 4,3% em agosto, ante 4,2% em julho. Nos países do G20 – grupo dos países mais ricos –, a taxa ficou em 4,5% em agosto, contra 4,6% no mês anterior.


Entre os preços que mais tem pesado na inflação estão os da energia, que tiveram taxa anual de 18% em agosto na área da OCDE, a maior elevação desde setembro de 2008. A inflação dos preços dos alimentos também acelerou acentuadamente, para uma taxa de 3,6%, ante 3,1% em julho.


A inflação anual também ficou mais alta em países como África do Sul (de 4,7% em julho para 5,1% em agosto), Rússia (de 6,5% para 6,7%) e Indonésia (de 1,5% para 1,6%). Por outro lado, houve recuo em países como Estados Unidos (de 5,4% para 5,3%), Japão (de -0,3% para -0,4%), Índia (5,3% para 4,8%) e China (1% para 0,8%).


A Argentina continua a ter a maior inflação anual entre os países do G20, com taxa de 51,4% em agosto, após nove meses consecutivos de alta. Em seguida, aparece a Turquia com taxa de 19,3%. O Brasil aparece como a terceira maior inflação em 12 meses entre os países listados no levantamento da OCDE.


A prévia da inflação acelerou para 1,14% em setembro, maior taxa para o mês desde o início do Plano Real, atingindo 10,05% no acumulado em 12 meses, segundo o IBGE.


A estimativa atual do mercado financeiro para a inflação oficial do Brasil no ano está hoje em 8,51%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Para 2022, a projeção está em 4,14%. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta segunda-feira que a taxa de inflação no país deve atingir o seu pico em setembro e começar a cair a partir deste mês.


Fonte: G1.


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