O endividamento familiar no país já atinge 77,5% da população, com dívidas em atraso ou não, maior número em 12 anos.
O mês de março de 2022 registrou um recorde negativo para o país: 77,5% das famílias brasileiras estão endividadas, maior índice já visto desde o começo da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), em 2010.
Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e mostram que em fevereiro o índice já atingia 76,6% das famílias, ganhando ainda mais força em março.
Os inadimplentes, com contas ou dívidas atrasadas, também aumentaram de fevereiro para março, passando de 27% para 27,8% da população, sendo o segundo maior percentual da pesquisa, perdendo apenas para o primeiro registro feito em janeiro de 2020, quando o índice alcançou 29,1%.
A pesquisa avaliou também que as famílias que não têm condições financeiras de acertar suas contas atrasadas crescem, sendo 10,8% da população.
Analisando o que está causando o endividamento dos brasileiros, o cartão de crédito fica em primeiro lugar em 87% dos casos, seguido por carnês (18,7), financiamento de carro (11,2%), crédito pessoal (9,4%) e financiamentos de casas (8,6%).
As famílias seguem recorrendo mais ao crédito para sustentar o consumo, visto a alta da inflação e a redução salarial, pressionando o orçamento e o bolso dos consumidores.
Mesmo com a Selic em alta, encarecendo o crédito, a pesquisa avaliou que a tendência de solicitação por empréstimo deve continuar, causando maior índice de endividamento .
O estudo observou também que o endividamento cresceu tanto nas famílias com faixas de renda acima de dez salários-mínimos como também nas que estão abaixo dessa faixa.
Fonte: Contábeis.
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